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mercredi 30 janvier 2013

Reestruturação da Fundação Alter Real


Tomámos conhecimento da proposta de reestruturação da Fundação Alter Real, bem como da proposta de novos Estatutos para aquela instituição.

Porque o documento nos parece inadmissível, transmitimos aos responsáveis alguns comentários, com a intenção de que seja produzido um documento credível e viável.
Eis um resumo das nossas principais criticas:

1 – A proposta de reestruturação da Fundação Alter Real, bem como da proposta de novos Estatutos para aquela instituição, deveria ter sido realizada com a colaboração das várias associações nacionais de criadores de cavalos, única forma de realizar um documento eficaz para todo o mundo cavalar, e redigido com o acordo dos responsáveis pelos interesses das várias raças, que conhecem e sabem o que é um cavalo.

2 – É espantoso que logo no art. 3º, § 1 e 2, do projecto de novos Estatutos, se indiquem unicamente as raças Lusitana, Sorraia e Garrana. Será que o autor não sabe que em Portugal existem outras raças com Livro Genealógico - Puro Sangue Árabe (o “Pai” de todas as raças e que foi o primeiro a possuir um stud-book em Portugal), Puro Sangue Inglês, Português de Desporto, Luso-árabe, Anglo-árabe e Anglo-luso - ? Será que a intenção é a de que Fundação Alter Real se ocupe unicamente daquelas 3 raças, desprezando mesmo aquelas que têm uma maior influência na economia nacional? Se não é o caso, porque não são citadas todas as raças com Livro Genealógico?
Lembramos que em Portugal se realizam meia dúzia de “Concursos de Modelo e Andamentos” para cavalos Lusitanos, Sorraias e Garranos, aos quais se contrapõem umas largas centenas (ou milhares) de provas de desporto (com uma participação estrangeira notável, representando várias centenas de cavaleiros de dezenas de Países), em que a percentagem de participantes das raças Puro Sangue Lusitano, Sorraia ou Garrano é nula, ou quase .
Com o que antecede não queremos de forma alguma desprezar as raças de Lusitanos, Sorraias e Garranos, que devem obrigatoriamente ser protegidas, mas desejamos é fazer compreender que as outras estirpes têm grande valor para o turismo e para a agricultura, e consequentemente para a economia nacional, não podendo por isso ser esquecidas.


Nota: Os Concursos Internacionais de Salto de Obstáculos reúnem frequentemente 500 cavalos de 20 nacionalidades (Comporta, Estoril e Lisboa por exemplo), que disputaram os prémios de 100 provas diferentes. Também damos como exemplo o importante Concurso Internacional de Completo, que teve lugar na Barroca d’Alva, em que os concorrentes (vários deles Campeões Olímpicos, do Mundo ou da Europa), de mais de vinte países de quatro continentes, permitiram que o público assistisse a umas 1000 apresentações. Para não falar das muitas centenas de outras importantes provas internacionais (e nacionais) que se realizam em Portugal anualmente: Estoril/Cascais, Lisboa, Vimeiro, Porto, Algarve, etc., etc. Como é evidente, esta profusão de concursos, em que é raríssimo encontrar Lusitanos, Sorraias ou Garranos, tem um enorme impacto no turismo, na economia e no prestígio do País.

3 – Como se depreende do referido projecto, a tutela da criação cavalar passaria para uma entidade dirigida por personalidades, certamente muito dignas, mas ao que parece sem qualquer ligação ao cavalo, o que seria uma aberração. Como compreender que seja dado a privados “a manutenção e gestão do Registo Nacional de Equinos, acompanhando, verificando, e fiscalizando o cumprimento dos regulamentos dos livros genealógicos e registos zootécnicos de equídeos, homologados pelo Estado” ? É inadmissível! O Estado deixaria de ter qualquer interferência na criação cavalar nacional, e não disporia de meios legais para actuar. Seria o Conselho de Administração da Fundação Alter Real a decidir a seu belo prazer a orientação da criação cavalar nacional. Impensável, tal como dar a privados o Registo Civil dos portugueses!
4 – Pelo § 2e, do art. 3º, também os Regulamentos e os Secretários Técnicos dos diferentes Livros Genealógicos passariam a ser homologados não pelo Estado, mas sim pela Fundação Alter Real, o que não é aceitável (art. 3º, § 2c).

5 – No Art.3º, o), diz-se que a Fundação Alter Real faria a regulamentação e o acompanhamento das provas desportivas! Então qual seria a função da Federação Equestre Portuguesa? Inaceitável...

6 – No Art. 16º, § 2d, está previsto como membro do Conselho Geral de Fundadores o Presidente da Associação de Criadores do Puro Sangue Lusitano. E as outras raças não têm direito a ser ouvidas? É indispensável prever a presença de representantes das outras raças com Livro Genealógico no País, ou no mínimo de alguém por elas nomeado para as representar.

7 – Como há vários anos sugerimos a esse Ministério, julgamos que a única maneira de rentabilizar o mundo hípico e a criação cavalar em particular, é a de passar pela organização de corridas com aposta mútua a nível nacional, mesmo que esta solução pareça não interessar os criadores de Lusitanos, dado que são cavalos nada propícios à disciplina. Tanto mais que o necessário investimento pode ser realizado por entidades especializadas, sem despesa para o País.
 8 - Quanto aos números apresentados em relação à sustentabilidade da FAR, não fazemos qualquer comentário, por não sermos economistas, embora nos pareçam algo irrealistas.

 
Pelos Presidentes da Associação Portuguesa do Cavalo Árabe (APCA), Dr. Manuel H. Domingues-Heleno, da Associação Portuguesa do Cavalo Anglo-árabe (ACAA), Eng. José Murteira Martins, e da Associação Portuguesa do Cavalo Luso-árabe (ACLA), Dr. Caetano Oliveira Soares.
 

               Manuel H. Domingues-Heleno
Fundador, Presidente ou Membro do Conselho de Administração da APCA, ACAA, ACLA, ASFP, CIAA, OMCAMA, FPCE, etc.
Autor do Stud-book do PSA, de vários regulamentos nacionais, e das obras “O Cavalo Árabe em Portugal” e “Tourada, Tradição Portuguesa”

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Depois de defender que se desenvolvam os nossos cavalos,que é um enunciado vago com que todos concordam facilmente,que proponho eu na prática?

Proponho antes de tudo que se experimentem os cavalos a correr e os melhores devem ser os escolhidos para reprodutores,machos e femeas.

Que colaboremos entre nós cedendo uns aos outros machos testados em corridas de resistencia e que tenha mostrado qualidade.Lembro que mesmo cá já está desenvolvida a técnica da inseminação em equinos e transplante de embriões.

Que a nossa Associação difunda resultados dos nossos cavalos árabes,disponibilidades para cobrir e tendencias gerais da criação especificas para corrida de resistencia.

Que se estude quais as formas que em França,por exemplo,existem de colaboração entre criadores e treinadores e se divulguem e promovam acções dessas cá.

Lembro que em França,um cavaleiro selecionado se obriga por escrito a dar uma determinada percentagem dum eventual produto da venda do cavalo selecionado à Federação Francesa,pela óbvia razão de estando lá estar a receber uma notoriedade enorme que valoriza o seu cavalo.

Que se continue a promover a vinda de gente conhecedora cá para falar de tudo e mais alguma coisa de utilidade para a endurance e a criação de cavalos.

Que por exemplo, à semelhança do que faz a associação do gado bravo de lide,se mandem regularmente informações aos associados,sobre os mais variados assuntos de interesse para um criador de cavalos.

Tecnicamente se difunda o que são aos principais qualidades a que deve obedecer um cavalo árabe de endurance:

-Membros correctos,com quartelas curtas,angulos de garupa e espádua,garrote destacado,bom dorso,cascos largos e bem desenhados.

-Andamentos rasantes,cavalos que se transpistem,económicos,com cadencia,especialmente um galope amplo,económico,calmo.

-Pele e pêlo finos para facilitar o arrefecimento.

-Pouca massa para o tamanho,para não transportarem muito peso.

Se proponham formas de ajudar os cavaleiros a resolver as inúmeras dificuldades de dar ensino a um cavalo,especialmente para se poder obter um galope calmo,equilibrado e económico,que é a dificuldade mais frequentemente encontrada e poucas vezes resolvida.

Já vai longa hoje a escrita,mas gosto de desabafar ...!

Um grande abraço

Caetano Soares

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